Ele vem e vai, agarra a cabeça, aperta o punho quando um lançamento entra. Talvez com um jeito diferente do pai, mas com a mesma paixão pelo basquete e principalmente pelo Franca. Helinho, como Hélio Rubens Garcia Filho é mais conhecido, é filho do histórico Hélio Rubens, jogador e técnico brasileiro que marcou uma época no basquete mundial. Hoje à noite, o filho passará por um novo capítulo na história do Franca quando enfrentará o San Lorenzo no terceiro jogo da série de quartas-de-final da Basketball Champions League Americas, procurando entrar entre os quatro primeiros do torneio.

"Não importa agora se vencemos por 6 ou perdemos por 15, a questão é vencer ou sermos eliminados. A série está empatada em 1 a 1 e precisamos nos concentrar para vencer em Buenos Aires. San Lorenzo é um ótimo time. Para se classificar, precisamos começar com consistência defensiva e distribuindo o volume de jogo. Precisamos ter uma volta forte para não sofrer contragolpes. Sem dúvida, você ganha na defesa, será uma partida mais disputada, com mais contato ", diz Helinho sobre o jogo decisivo da série de quartas, em Boedo.

O treinador do Franca brilhou como jogador e agora está fazendo um ótimo trabalho como treinador. A profissão é muito diferente? "Acho que o trabalho do treinador é muito complicado e se aprende o tempo todo. Há quatro anos, sou DT e é muito mais complexo. Temos que lidar com 15 jogadores com mentalidades diferentes, mas é um prazer quando eles estão envolvidos e as coisas são alcançadas. O treinador nunca para de aprender, porque surgem novos problemas todos os dias, viver com seres humanos é complicado, o importante é quando o dia termina e você gosta de aproveitar as coisas simples da vida, como minha esposa e minhas duas filhas".

Gosto muito do formato da BCLA e acho que será cada vez melhor. Para os amantes do basquete, o torneio é sensacional".

Seu relacionamento com o pai é especial, sem dúvida. Hélio Rubens viaja de vez em quando com a equipe de seu filho para acompanhá-lo, para dar conselhos e Helinho diz: "Acho que temos duas maneiras diferentes de trabalhar como treinador. Ele sempre me diz que minha maneira de me relacionar é melhor porque ele é esquentado. Ele está sempre conversando comigo e me dando conselhos. Nós dois trabalhamos muito intensamente e, honestamente, esses conceitos são os mesmos. Franca é muito importante na minha vida e na minha família, porque é a cidade onde nasci, onde joguei a maior parte da minha carreira e agora como treinador. É um grande orgulho e prazer desfrutar da energia que o Franca tem no basquete ".

Franca enfrenta a possibilidade de deixar o San Lorenzo na estrada, a equipe que dominou o continente nos últimos anos. Esse time comandado por Helinho tem algo especial? "Franca tem jogadores comprometidos, de alto nível e vencedores que merecem respeito. Jogamos dois campeonatos e vencemos ambos, primeiro o estadual e depois o Súper 8. Esse torneio foi muito importante porque conseguimos um título nacional após 11 anos. Isso nos dá confiança para seguir o caminho certo. Acredito muito, nos preparamos e o jogo contra o San Lorenzo é uma verdadeira final, me vejo nas semifinais ".