10 dezembro, 2021
10 abril, 2022
01/04/2022
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Veja como as equipes classificadas chegam ao Final 8 da BCLA

Miami (EUA) – Começou a contagem regressiva para o Final 8 da temporada 2021-2022 da Basketball Champions League Americas (BCLA), a ser realizada entre 6 e 9 de abril na Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro, tendo o como anfitrião o Flamengo, atual campeão.

Os oito classificados brigaram muito para chegar até essa etapa, realizada no formato de eliminatória simples - ou seja, quem perder está fora da luta pelo título. Com uma margem de erro tão pequena, cada time precisará mostrar seu melhor em quadra.

O Final 8 começa no dia 6 com as quartas de final, que terá os seguintes confrontos: Cangrejeros (Porto Rico) x Quimsa (Argentina), São Paulo (Brasil) x Real Estelí (Nicarágua), Biguá (Uruguai) x Boca Juniors (Argentina) e o duelo brasileiro entre Flamengo e Minas, que fecha a rodada.

Os vencedores avançam às semifinais, e quem sair com o triunfo disputará o título - os perdedores brigarão pelo terceiro lugar.

Confira como chega cada um dos participantes do Final 8:

São Paulo (campanha: 6-0)

Médias até o Final 8: 92 pontos | 50% nos arremessos de quadra | 40% nos arremessos de três pontos | 70% nos lances livres | 38,7 rebotes | 22,8 assistências | 6 roubos de bola | 5,5 bloqueios | 10,3 desperdícios de bola

O Tricolor Paulista foi o único invicto da fase de grupos graças às excelentes atuações tanto no ataque como na defesa - sempre sob o comando do ala-pivô Bruno Caboclo (24 pontos, 50% nos arremessos de três, 12,7 rebotes, 4 bloqueios e 1,3 roubo), considerado o melhor jogador dessa BCLA até agora. Além do ex-NBA, se destacam ainda o veterano Marquinhos, outro com experiência na liga dos EUA (17,8 pontos) e os americanos Shamell (15,7), Tyrone (12,8) e Corderro Bennett (11,8), todos com média acima de dez pontos por partida.

Os comandados do técnico Bruno Mortari são a única equipe a marcar mais de 90 pontos por partida, algo que é refletido na sua liderança no aproveitamento de arremessos em quadra e de assistências, além do segundo lugar em efetividade nos lances de três pontos. No setor defensivo, o São Paulo lidera nos bloqueios.

Flamengo (campanha: 5-1)

Médias até o Final 8: 83,2 pontos | 43% nos arremessos de quadra | 36% nos arremessos de três pontos | 75% nos lances livres | 45,8 rebotes | 20 assistências | 6,8 roubos de bola | 2,3 bloqueios | 13,5 desperdícios de bola

Apesar de ter perdido um jogo diante do Boca Juniors, o atual campeão da BCLA segue como grande favorito ao título - ainda mais pela conquista da Copa Intercontinental da FIBA, realizada no Cairo, no Egito. Além disso, irá contar com o apoio de sua apaixonada torcida nas arquibancadas durante todo o Final 8.

O Rubro-Negro Carioca liderou a fase de grupos em rebotes por partida e teve pontuações de destaque em diversos confrontos. Somando isso ao arsenal de bolas de três (são 34,2 tentativas por jogo), o Flamengo vira um adversário muito complicado de ser batido por conta de sua capacidade de arremessar de forma eficiente tanto dentro como fora do garrafão.

Outra característica importante é o jogo coletivo e de profundidade. Nenhum jogador obteve médias absurdas, mas todos do elenco têm capacidade de assumir protagonismo a qualquer momento, como já fizeram Yago, Olivinha, Brandon Robinson, Dar Tucker, Lucas Martínez, Faverani, Mineiro, JP Batista e Franco Balbi.

Boca Juniors (campanha: 4-2)

Médias até o Final 8: 75,3 pontos | 49% nos arremessos de quadra | 35% nos arremessos de três pontos | 74% nos lances livres | 36,2 rebotes | 18,8 assistências | 6,7 roubos de bola | 2,7 bloqueios | 15,8 desperdícios de bola

O tradicional clube argentino precisa de uma conquista de nível internacional importante e vê essa edição da BCLA como chance ideal, mas sabe que não será nada fácil obter o título em solo brasileiro. Durante a fase de grupos, teve atuações interessantes e chegou a derrotar o Flamengo, o que mostra que, em um bom dia, é capaz de bater qualquer um.

Entretanto, para ter mais chances de vitória é preciso melhorar a produção ofensiva: o Boca é o time com menor média de pontos marcados entre os classificados, além de ser o que mais desperdiça bolas por confronto. Entre o elenco, destaque para a experiência de Carlos Schattman, do pivô dominicano Eloy Vargas e de Adrián Boccia, Federico Aguerre, Leandro Vildoza e Kevin Hernández, que já mostraram qualidade quando exigidos. Outro reforço é o retorno do ala David Nesbitt, das Bahamas, que dá qualidade ao jogo pelos lados da quadra.

Biguá (campanha: 4-2)

Médias até o Final 8: 80 pontos | 45% nos arremessos de quadra | 36% nos arremessos de três pontos | 72% nos lances livres | 39,3 rebotes | 20,3 assistências | 6 roubos de bola | 2,3 bloqueios | 15,3 desperdícios de bola

Depois de um começo irregular, o atual campeão uruguaio subiu de produção na BCLA e ganhou quatro das suas últimas cinco partidas - duas delas diante do Minas, tirando do time de Belo Horizonte a liderança da chave C da fase de grupos.

Outro fator determinante para a reação da equipe de Montevidéu foi o aproveitamento ofensivo do armador americano Donald Sims, com média de 22 pontos por jogo (terceiro melhor cestinha do torneio até aqui), além do apoio de Victor Ruud, também dos EUA (13,3 pontos e 7,8 rebotes), e de Martín Rojas (10,3). Quem conseguiu dar à equipe a estabilidade necessária foi o pivô dominicano Luis Santos, que chegou na segunda rodada da fase de grupos e terminou com médias de 14,5 pontos, 9,5 rebotes e 2 bloqueios. O Biguá chega embalado ao Final 8, mas resta saber se será capaz de manter o ritmo nos playoffs.

Cangrejeros (campanha: 3-3)

Médias até o Final 8: 86,8 pontos | 48% nos arremessos de quadra | 41% nos arremessos de três pontos | 74% nos lances livres | 41,2 rebotes | 19,2 assistências | 6,2 roubos de bola | 2,7 bloqueios | 14,8 desperdícios de bola

A equipe de Porto Rico chega ao Rio de Janeiro cercada de incertezas. A começar pelo comando técnico: Larry Ayuso deixou o time antes mesmo do final da fase de grupos e deu lugar a Iván Ríos, que começou com duas derrotas seguidas. Apesar disso, o time conseguiu avançar como líder do grupo A da BCLA por conta da melhor média de pontos a favor e contra.

O Cangrejeros se destaca pelo poder ofensivo, com a segunda melhor média de pontos marcados de toda a primeira fase da BCLA e a melhor porcentagem de acerto de bolas de longa distância. O time fica muito à vontade arremessando logo que tem a posse de bola, e de forma rápida. Jogadores como Davon Jefferson, com 16,5 pontos e 8,5 rebotes, e Isaac Sosa, com 15,7 marcados e 47% nos arremessos de três pontos, são os destaques. Outros nomes a se prestar atenção são os de Ángel Rodríguez e Emmy Andujar, ambos com média de dez pontos por partida.

Real Estelí (campanha: 3-3)

Médias até o Final 8: 85,8 pontos | 45% nos arremessos de quadra | 23% nos arremessos de três pontos | 66% nos lances livres | 42,3 rebotes | 16,2 assistências | 10,2 roubos de bola | 2,8 bloqueios | 12 desperdícios de bola

O “Tren del Norte” (Trem do Norte, em português) ganhou três dos últimos quatro jogos para se garantir entre os oito melhores, como segundo do grupo A. O atual vice-campeão da BCLA parecia que não ia repetir a boa campanha da temporada passada após ter perdido as duas primeiras partidas, mas o técnico David Rosario fez os ajustes necessários.

Em quadra, a principal peça é o pivô Ismael Romero. Nascido em Cuba e naturalizado porto-riquenho, o jogador vem tendo grandes atuações, com médias de 21,3 pontos e 10 rebotes. Sua presença, entretanto, tornou a equipe menos eficiente nas cestas de três e lances livres. Para corrigir isso, é preciso que outros nomes como Jerzeel de Jesús (com 29% de aproveitamento de longa distância), Javier Mojica (25%) e Rigoberto Mendoza (30%) melhorem de produção nesse quesito para aumentar as chances de vitória do Real Estelí.

Minas (campanha: 3-3)

Médias até o Final 8: 82,2 pontos | 44% nos arremessos de quadra | 32% nos arremessos de três pontos | 77% nos lances livres | 39 rebotes | 15,8 assistências | 7 roubos de bola | 3,5 bloqueios | 13,5 desperdícios de bola

O time de Belo Horizonte iniciou a BCLA com três vitórias consecutivas, sendo duas em casa, e dava indícios de que seria um dos favoritos. Mas a série seguinte, de três derrotas, fez com que a equipe caísse à segunda colocação da chave C, atrás do Biguá. Um dos motivos pode ter sido a ausência do armador Alexey, que vinha com médias de 14 pontos e 4,8 assistências.

Apesar do momento ruim, os comandados do treinador Léo Costa seguem como uma equipe muito complicada de bater, mesmo quando o rival das quartas é o Flamengo, atual campeão e grande favorito - vale lembrar que o Minas já conseguiu superar o adversário por 71 a 63 no final de janeiro, em pleno Maracanãzinho, em partida da Copa Super 8, torneio disputado entre os oito melhores do primeiro turno do NBB. Para repetir o feito, jogadores como o americano Shaquille Johnson (média de 17,2 pontos), Gui Deodato (12) e Tavario Miller, natural das Bahamas (11,5), precisam estar no melhor de sua forma.

Quimsa (campanha: 2-4)

Médias até o Final 8: 78,4 pontos | 43% nos arremessos de quadra | 33% nos arremessos de três pontos | 74% nos lances livres | 35,8 rebotes | 15,8 assistências | 6,2 roubos de bola | 2,6 bloqueios | 11,6 desperdícios de bola

O atual líder da liga argentina de basquetebol e primeiro campeão da BCLA não mostrou seu melhor na fase de grupos, e por isso chega com a pior campanha entre os oito classificados ao Final 8. Porém, trata-se de um grupo experiente e que tem como treinador Sebastián González, que sabe aproveitar o melhor de cada um de seus jogadores.

O pivô americano Eric Anderson vem sendo o destaque do time, com 13 pontos e 9,2 rebotes, sempre acompanhado de Franco Baralle (12 pontos), Sebastián Acevedo (9,8), Pablo Gramajo (8,8) e Juan Brussino (7,8). Os últimos reforços também vieram dos Estados Unidos: Davaunta Thomas (15,5 pontos) e Reyshawn Terry (11) demonstraram que podem ser importantes no ataque, justamente no que o time de Santiago del Estero precisa melhorar mais - afinal, chega com a segunda pior média de pontos marcados, atrás do Boca Juniors.

FIBA