10 dezembro, 2021
10 abril, 2022
03/03/2022
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Conheça os pontos fortes das equipes já classificadas à fase final da BCLA

 Miami (EUA) – Cinco times já garantiram vaga na fase final da Basketball Champions League Americas (BCLA) após a disputa de segunda janela da fase de grupos, incluindo os três brasileiros participantes: o São Paulo, único invicto até agora no torneio, o Flamengo, atual campeão, e o Minas.

Completam a relação de classificados justamente as equipes que tiraram a invencibilidade dos demais brasileiros: o Boca Juniors, que bateu o Flamengo e está na vice-liderança do grupo D, e o Biguá, do Uruguai, atual segundo colocado da chave C graças à sua vitória diante do Minas.

Argentinos e uruguaios aproveitaram o fato de atuar em casa nesta segunda janela e agora têm campanhas de 3-1, mas perdem para os rivais brasileiros nos critérios de desempate. Já o Tricolor Paulista lidera o grupo B com quatro vitórias.

Ainda resta definir os classificados da chave A, cuja segunda janela de disputas foi adiada por conta da pandemia de COVID-19 em Porto Rico. Os confrontos foram remarcados para 4 a 6 de março em Manágua, na Nicarágua - que também foi palco da rodada inicial da chave.

É hora de conhecer alguns dos pontos fortes dessas equipes, que apenas cumprirão tabela na terceira e última janela da fase de grupos, entre os dias 11 e 16 de março:

São Paulo e sua postura fora de casa

De todos os times que já chegaram ao Final 8, o único que ainda não atuou diante de sua torcida foi o São Paulo. Mas o Tricolor Paulista não mostrou precisar do fator casa até agora, já que é o único invicto nesta temporada da BCLA (sem contar o grupo A, com apenas uma rodada disputada). Os comandados de Bruno Mortari foram muito bem nas duas janelas iniciais, realizadas em Santiago del Estero, na Argentina, e em Montevidéu, capital do Uruguai.

A equipe é a terceira melhor em pontos marcados, com média de 89,0 por jogo, atrás apenas do Cangrejeros, de Porto Rico, e do Minas, e está em segundo no quesito pontos sofridos, registrando média de 72,2. Para completar, seu aproveitamento nos arremessos de três pontos é de 42 por cento. Os dados mostram como o São Paulo atua de forma equilibrada.

O time ainda lidera nos bloqueios, com 6,5 por jogo, graças a Bruno Caboclo, cuja média é de 5,0 a cada partida. O ala-pivô tem sido o melhor jogador desta BCLA, com médias de 28,8 pontos e 11,5 rebotes, mas também conta com o apoio de companheiros como Marquinhos (média de 16,5 pontos por confronto) e os americanos Shamell (14,8) e Tyrone (12,3).

Minas e seu poder ofensivo

O Minas é a equipe que mais pontuou até agora nesta temporada da BCLA, com 358 pontos em quatro jogos e uma média de 89,5 (atrás apenas do Cangrejeros, com 180 em duas partidas e média 90,0). O time do técnico Léo Costa atua de forma muito coletiva e quatro jogadores possuem números muito parecidos: o americano Shaquille Johnson lidera com 17 pontos por jogo, seguido de Alexey (14,0), Gui Deodato (13,3) e do bahamense Tavario Miller (11,5).

O time mineiro tem se destacado em diversos aspectos, entre eles um aproveitamento de 49 por cento nos arremessos em quadra e incríveis 80 por cento nos lances livres, à frente de todos os demais participantes da BCLA. É verdade que a equipe caiu diante do Biguá, mas ainda há a chance de terminar na liderança isolada da chave D na terceira e última partida diante dos próprios uruguaios, em quadra neutra - na casa do Obras, em Buenos Aires.

Biguá e sua força nos arremessos de longe

A equipe uruguaia terminou invicta a segunda janela da fase de grupos da BCLA, conquistando duas vitórias na Antel Arena de Montevidéu. E muito da boa campanha se deve ao belo aproveitamento nos arremessos de longa distância, especialmente nos triunfos diante do Obras e do Minas. Foram 11 cestas de três em cada partida: no primeiro jogo, atingiu a marca em 27 tentativas, e no segundo em 29, com impressionantes 39 por cento neste quesito.

As bem-sucedidas atuações levaram o time do treinador Diego Cal à segunda posição de toda a BCLA em arremessos de três pontos, com 37 por cento - atrás apenas do São Paulo. Para o atual campeão uruguaio, garantir uma vaga em um grupo com uma equipe brasileira e outra da Argentina já é motivo de muita festa. E se a classificação se confirmar com a liderança do grupo, será algo extraordinário.

Flamengo e o domínio no garrafão

Todos sabemos que o Flamengo tradicionalmente confia nas bolas de três pontos para dominar seus adversários na BCLA: de fato, a equipe tenta uma média de 37 arremessos por partida, com aproveitamento de 32 por cento. Entretanto, o sucesso recente do time vem de jogadores de boa performance no garrafão, tais como Olivinha, Rafa Mineiro, JP Batista e Vitor Faverani.

O Rubro-Negro Carioca possui uma média de 48 rebotes por jogo (a melhor de toda a BCLA), sendo 15 deles ofensivos - o que gera novas chances de pontuar. Nos quatro jogos já disputados, as médias foram de 32 pontos originados do garrafão e 14 nas jogadas de segunda chance, após um rebote na área do adversário. Na derrota para o Boca - a única até agora -, o Flamengo conseguiu apenas 16 pontos da área restrita e 8 recuperando a bola.

Boca Juniors e a força de sua torcida

Na segunda janela da fase de grupos, o Boca conseguiu o que ninguém esperava - derrotar o Flamengo, atual campeão da BCLA. O time carioca ganhou o título ano passado de forma invicta, então não sabia o que era perder na competição há mais de um ano. Porém, os argentinos foram capazes de dominar os rivais jogando em seu ginásio, o Luis Conde, também conhecido como “La Bombonerita”, com grande participação da torcida, que não parou de incentivar os jogadores durante os 40 minutos de partida.

Os torcedores do Boca atuaram como sexto homem direto das arquibancadas, cantando e pressionando os jogadores do Rubro-Negro Carioca. É claro que os comandados de Gonzalo Garcia também fizeram sua parte com um belo trabalho defensivo, permitindo apenas 34 por cento de arremessos do rival e forçando 19 perdas de bola por parte do Flamengo.

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