RIO DE JANEIRO (Brasil) – O Biguá, do Uruguai, manteve a boa fase e se garantiu na final da terceira temporada da Basketball Champions League Americas (BCLA) após derrotar o Quimsa por 98-91 nesta quinta-feira, em partida realizada na Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro, pela primeira semifinal da competição.

Assim como nas quartas de final, a equipe de Montevidéu contou com atuações inspiradas de Donald Sims e Luis Santos. O armador americano terminou com 34 pontos, sendo seis cestas de três em dez tentativas e 12 lances livres convertidos em igual número de tentativas, enquanto o pivô dominicano conseguiu 24 pontos, 13 rebotes e dois bloqueios.

Com o resultado, o Biguá se torna a primeira equipe uruguaia a chegar à decisão da BCLA.

O primeiro quarto de partida foi bem equilibrado, mas acabou com 20 a 17 para os argentinos. Porém, o Biguá foi para o intervalo com vantagem de 47 a 40, movimentando bem a bola e contando com a boa pontaria de Sims tanto nos arremessos como nas assistências.

Mas o Quimsa terminou na dianteira o terceiro quarto, por apenas 66 a 63, contando com os armadores Juan Brussino, Mauro Cosolito e Franco Baralle, além de uma marcação de defesa por zona que conseguiu parar Sims em alguns lances. 

O equilíbrio se manteve até o último quarto, com as duas equipes se alternando na liderança do placar. Entretanto, o Biguá teve Ivan Loriente como destaque, acertando nada menos que três de suas cinco cestas de três pontos no período final - ele fechou a partida com 15 pontos.

O time comandado pelo técnico Diego Cal ficou mais perto da vitória quando o armador Santiago Vidal conseguiu uma bandeja e, na posse seguinte, Santos tomou a posse de bola de Santiago Acevedo e passou para Sims, que deixou o time uruguaio com 91 a 86 faltando praticamente um minuto para o fim do jogo.

O Quimsa não teve mais reação a partir daí, deixando para Sims e Santos garantirem o triunfo. No geral, a equipe de Montevidéu se destacou por conseguir controlar as ações ofensivas e pelo bom jogo coletivo - uma prova disso foi que, das 32 cestas convertidas, 29 vieram de assistências.

“O jogo foi muito equilibrado, duríssimo. O esforço físico dos jogadores foi excelente. Fizemos as coisas bem e conseguimos desenvolver nossa forma de atuar. Seja qual for o adversário da final, será um grande desafio para nós. Teremos que seguir encontrando situações favoráveis no ataque e conseguir uma boa postura defensiva,” afirmou o treinador Diego Cal, do Biguá.

O adversário do Biguá sai do duelo brasileiro entre São Paulo e Minas, que jogam ainda nesta quinta-feira. A decisão está marcada para o próximo sábado, dia 9 de abril, às 19h de Brasília, também na Arena Carioca 1.

“Para nós, esse torneio é histórico. Estamos caminhando jogo a jogo. Acho que tivemos muita segurança. Estamos orgulhosos de colocar o Biguá em um lugar tão alto, mas ainda não acabou. O dia de descanso é fundamental. É hora de baixar um pouco a adrenalina e nos recuperarmos para a final,” comentou Santiago Vidal, capitão do time de Montevidéu.

Pelo Quimsa, destaque para Brussino, Cosolito e Baralle, que terminaram com 22, 19 e 16 pontos, respectivamente. O pivô Eric Anderson conseguiu um duplo-duplo, com 10 pontos e 12 rebotes.

“O Biguá jogou da forma que quis. Não conseguimos nos defender, e permitir levar mais de 90 pontos a essa altura do torneio é complicado. Conseguimos fazer muito, mas nunca nos sentimos confortáveis. Eles acertaram as últimas cestas e nós tentamos forçar situações,” explicou Sebastián González, técnico do Quimsa.

Campeão da primeira edição da BCLA, o time argentino terá de se contentar com a disputa do terceiro lugar, diante do perdedor entre Minas e São Paulo, também no dia 9 de abril, mas às 16h de Brasília, na Arena Carioca 1.

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